Faz 40 anos que o Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) se mudou para sua primeira sede própria, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. A nova casa permitiu ao instituto ampliar e aprofundar suas atividades de pesquisa e ensino, numa caminhada que fez dele um dos grandes centros mundiais da matemática, culminando na medalha Fields, maior premiação da área, vencida em 2014 pelo pesquisador Artur Avila.
Neste período, o número de alunos formados a cada ano triplicou, e o corpo científico cresceu com grupos de pesquisa em áreas como álgebra, otimização, probabilidade, dinâmica dos fluidos (voltada para a indústria do petróleo) e visão e computação gráfica, com aplicações em multimídia de vanguarda.
Ao mesmo tempo, a sede própria deu ao Impa os meios para expandir sua contribuição à sociedade brasileira na educação e na disseminação da matemática, com destaque para a formação de professores, a criação do Portal da Matemática e a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que reúne 20 milhões de alunos. Facultando o acesso amplo e gratuito ao conhecimento, essas iniciativas cumprem importante missão de inclusão.
Quatro décadas depois, o Impa inicia a construção de um novo campus, em terreno adjacente à sede atual, adquirido em 2014 por doação privada. As instalações terão infraestrutura comparável à dos melhores centros mundiais e permitirão elevar a contribuição social do Impa.
Nesta nova fase, o instituto vai ampliar parcerias tecnológicas com empresas brasileiras para resolver problemas concretos do setor produtivo e reforçar sua presença na educação, pela formação de alunos e professores, a popularização científica e a universalização da Obmep.
Inovador, o projeto do novo campus conquistou a principal competição internacional de sustentabilidade em arquitetura, o Prêmio Reconhecimento 2017 da Fundação Lafarge Holcim, da Suíça, por se integrar à natureza, reduzindo o impacto no entorno florestal e urbano. Erigido em área desmatada décadas atrás para a exploração de uma pedreira, propiciará o reflorestamento ordenado do terreno, com espécies da Mata Atlântica, e sua manutenção sustentável. O novo campus tem tudo para se tornar um cartão postal e mais um motivo de orgulho para o Rio e para o Brasil.
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